quarta-feira, 7 de novembro de 2012

crônica dois "um visitante inesquecível"


Um visitante inesquecível
Hoje, acordei com um barulho estranho, ainda com os olhos fechados, fiquei imaginado o que poderia ter acontecido.
Abri os olhos ainda pesados de sono, olhei o relógio antigo da minha vó, presente de família, que estava na minha cabeceira, eram 6h20min; levantei vagarosamente, pois ainda estava com muito sono, aliás, noite difícil aquela.
Direcionei-me ao banheiro, peguei minha escova de dente e como um zumbi sonolento escovava os meus dentes, lavei o rosto e como de costume fiz todo aquele processo de limpeza recomendado pelo dermatologista.
Quando de repente a campainha toca de forma prolongada, mal podia imaginar o que vinha pela frente, pensei:
- Quem estaria a essa hora da manhã na minha porta, e tocando a campainha de um modo tão inoportuno?
Enxuguei-me às pressas, com toda essa situação o sono já havia sido tomado por um despertar de curiosidade e de descontentamento, pois quem seria o ousado a bater na minha porta tão cedo.
Saí do banheiro pensando em dizer umas boas para esse “ser” sobremodo indiscreto, vindo tão cedo sem me avisar.
Caminhei até à porta, à medida que ia abrindo cada uma das trancas, mais furiosa ficava, ao abrir a porta me deparei com um homem caído na soleira, o susto foi tão grande que fechei a porta rapidamente.
Pensando ter tido uma alucinação por não ter dormido direito, resolvi abri-la novamente, mas agora bem devagarinho. Ao abrir  a porta estava lá estatelado no chão, não mexia um músculo se quer. Olhei de um lado para o outro, não havia ninguém, abaixei e percebei que seu rosto estava pálido, não respirava, seu corpo estava frio e rígido, era um cadáver, gritei:
- Meu Deus, que brincadeira é essa que fizeram comigo?
Fechei a porta, sem saber o que fazer e com muito medo, corri para o telefone, pensei em ligar para muitas pessoas, pensei até em fugir para não ser incriminada por um crime que não cometi. Finalmente concluí que deveria ligar para a polícia e relatar o ocorrido. 
Passaram-se dias e ainda não sei quem era aquela visita tão inusitada e inoportuna.

autora:MARIA JOSE MENEZES VENTURA

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