Um
visitante inesquecível
Hoje,
acordei com um barulho estranho, ainda com os olhos fechados, fiquei imaginado
o que poderia ter acontecido.
Abri
os olhos ainda pesados de sono, olhei o relógio antigo da minha vó, presente de
família, que estava na minha cabeceira, eram 6h20min; levantei vagarosamente,
pois ainda estava com muito sono, aliás, noite difícil aquela.
Direcionei-me
ao banheiro, peguei minha escova de dente e como um zumbi sonolento escovava os
meus dentes, lavei o rosto e como de costume fiz todo aquele processo de
limpeza recomendado pelo dermatologista.
Quando
de repente a campainha toca de forma prolongada, mal podia imaginar o que vinha
pela frente, pensei:
-
Quem estaria a essa hora da manhã na minha porta, e tocando a campainha de um
modo tão inoportuno?
Enxuguei-me
às pressas, com toda essa situação o sono já havia sido tomado por um despertar
de curiosidade e de descontentamento, pois quem seria o ousado a bater na minha
porta tão cedo.
Saí
do banheiro pensando em dizer umas boas para esse “ser” sobremodo indiscreto,
vindo tão cedo sem me avisar.
Caminhei
até à porta, à medida que ia abrindo cada uma das trancas, mais furiosa ficava,
ao abrir a porta me deparei com um homem caído na soleira, o susto foi tão
grande que fechei a porta rapidamente.
Pensando
ter tido uma alucinação por não ter dormido direito, resolvi abri-la novamente,
mas agora bem devagarinho. Ao abrir a
porta estava lá estatelado no chão, não mexia um músculo se quer. Olhei de um
lado para o outro, não havia ninguém, abaixei e percebei que seu rosto estava
pálido, não respirava, seu corpo estava frio e rígido, era um cadáver, gritei:
-
Meu Deus, que brincadeira é essa que fizeram comigo?
Fechei
a porta, sem saber o que fazer e com muito medo, corri para o telefone, pensei
em ligar para muitas pessoas, pensei até em fugir para não ser incriminada por
um crime que não cometi. Finalmente concluí que deveria ligar para a polícia e
relatar o ocorrido.
Passaram-se
dias e ainda não sei quem era aquela visita tão inusitada e inoportuna.
autora:MARIA JOSE MENEZES VENTURA
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