terça-feira, 6 de novembro de 2012

crônica quatro" E-mail a amiga Sueli"

E-mail a amiga Sueli

Amiga Sueli,
Quem fala aqui é sua amiga Angélica que desesperada lhe escreve esse e-mail. Hoje pela manhã ao acordar e abrir os olhos virei em direção ao relógio e comecei a chorar de raiva era 7:00 hr da manhã, havia acabado de sonhar com aquele vizinho ao lado, alto, moreno, sedutor e incrivelmente viril, que se dirigia em minha direção sussurrando palavras  de amor e na hora do beijo quente puf!  Acordei.
Levantei-me e fui até em direção ao lavabo de mármore que ganhei de minha tia Ana, que acredita que todo banheiro que se preze tem que ter um lavabo de mármore, estava escovando os dentes e lavando o rosto, com aquela água refrescante quando me dou conta... meus pensamentos novamente, aquele maravilhoso homem ”como seria bom se os sonhos se realizassem  “.  A campanhia toca incessantemente e me pergunto quem bateria aquela hora daquela forma tão desesperada, enxugo rapidamente o rosto e saio às pressas em direção a porta.
                No caminho até a porta fico a imaginar que seria minha tia Ana querendo mudar a decoração da minha sala, ou o Paulo da padaria que não para de pegar no meu pé, talvez a vizinha do lado querendo emprestar açúcar ou o incrível vizinho me convidando para sair. Chego até a porta destranco a fechadura, abro a porta, meu coração começa acelerar como se estivesse saltando de pára-quedas, não sinto meus pés no chão, era ele meu vizinho ,que nem seu nome sabia, jogado aos meus pés, meu sonho realizado até que enfim ou... o meu pesadelo...  estendido no chão . Fiquei estática por alguns segundos no meu sonho dourado ,quando volto à tona era real , era ele mesmo, olhei para todos os lados e o desespero começa a tomar conta de mim, me abaixo lentamente com a esperança de sentir seu calor, toco com os meus dedos meu coração chega até a minha boca “gelo”, sinto seu corpo frio gelado! Percebo que está morto, fico a pensar, por que comigo? Não poderia ser uma cena diferente? Corro para o telefone como quem corre buscando a salvação, ligo para a central de polícia, o telefone chama várias vezes até que o guarda atende . - alô!... Faltam palavras  ... desligo o telefone e saio correndo pelas ruas desesperada,  com a sensação de culpa mesmo sem tê-la , com infinitas perguntas rondando meus pensamentos. Por que comigo? Na minha porta? Meu vizinho? Quem ele era? Quem o deixou lá? Quem queria me incriminar?
                Amiga, sonhos se realizam , mas não da maneira que esperamos, estou neste instante em uma lan house , digitando esse e-mail ,sem saber o que fazer ou o que aconteceu com meu vizinho e até mesmo  o que acontecerá comigo.

autora:Maria José Rolim Vieira

Um comentário:

  1. Miriam, Maria José e Regina, tudo bem?
    Vejo que o blog está ficando cada vez melhor, as postagens estão de acordo com a comanda das atividades e coerentes com o gênero proposto. Parabéns a todas por isto!
    Um forte abraço.
    Tânia_Tutora

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